quinta-feira, junho 17, 2004

Como aquelas decisões tomadas em um susto, escolhi, de repente, a tranquilidade, o método. Pena que essas mesmas decisões são sempre esquecidas, como que em um cochilo...
A calma e a serenidade que nos confere a certeza de que o dia tem 24 horas rapidamente se esvai, atingida pelo medo da perda, pela angústia e urgência de provar a vida... Conceituando responsabilidade, evitando associá-la, a todo momento, à obrigação da seriedade, percebi, quase por acaso, que o movimento é válido, que a trivialidade, o descompromisso, não são problemas, problemas são as posturas que nos traem, nos acomodam no terreno seguro da inatividade... Conciliar a ação constante à tranquilidade, eis o desafio de uma vida...

Vale mencionar, aqui, duas pessoas que muito têm contribuído, quase sem querer, para esse momento de entusiasmo... Pessoas que, como eu, como tantos, estão soltas, movendo-se nesse arriscado espaço em que os caminhos são muitos, as certezas muito poucas e as conquistas, sempre relativas... Ambas não conheço muito bem, uma delas, quase nada, e esta última, por sinal, acho que nem sabe que existo, mas como não penso e sinto fundamentado em coerências, deixo-me influenciar por essa relação tão tênue de respeito e por essa velada identificação...
Espero que possa conquistar a proximidade, a possibilidade da convivência... São raras as oportunidades de compartilhar momentos como esse, e tão poucas, às vezes, as pessoas que nos fazem ser, mesmo à distância, menos avulsos...

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