segunda-feira, março 31, 2008

noves fora

A vida opera por meio de estranhas contabilidades. Por via das dúvidas, vou aprendendo a contar, tentando entender esta bagunça pouco lógica de somas, subtrações...

Bom, devo dizer que, por enquanto, eu muito feliz com os saldos.

***

Continuam valendo aqueles versos da música de Tom Zé:

"quanto maior o romantismo,
mais cruel se transfigura o carinho em tortura".

Pois é. Se for pra aderir a certos romantismos que existem por aí, prefiro ser uma pedra. De qualquer forma decidi, afinal, que não sou um insensível. Depois de quase ser convencido do contrário, continuo por fim acreditando que sou sim, de alguma forma, muito romântico e idealista, mas de um romantismo secreto - desajeitado, talvez -, que não se derrete em palavras e gestos grandiloqüentes, apressados (e quase sempre muito suspeitos). A questão é que até que algo realmente valha a pena, essa delicadeza eu vou guardando pra mim.

***

Para ouvir:
The warning (2006), do Hot chip

2 comentários:

Anônimo disse...

my love,

só vc tem o romatismo do não dito, do não esperado, do não cliche.... e amo esse seu modo "pedra" de ser . Oa, digo logo que existem pessoas cegas no mundo!

xero

ps: tu é fodaaaaa.. fico rindo sozinha andando na rua lembrando das merdas ditas, vai pica-pau!

Anônimo disse...

Pois é, querido.

Ao começar a ler, pensei que vc iria comentar algo sobre o poema noves fora, de Nico Rezende.

Porém melhor do que comentar algo dos outros é fazer vivo algo que está por dento de cada um.


Romantismo sim! Apelos sentimentais não!


E assim agente vive....sendo feliz, dançando na chuva, e caindo em festinhas.

=]

xerinhooo