quinta-feira, janeiro 31, 2008

notas de carnaval #1

Carnaval 2008 já começou com a macaca nessa quarta-feira. Primeiro, conversa sobre dificuldades emocionais no ônibus com Mari, a caminho do Recife Antigo, além daquele transtorno maravilhoso (e já previsível) que acomete o trânsito da cidade devido aos blocos na rua e do qual eu nunca, nunca reclamo porque acho lindo que a cidade se transforme em um espaço festivo não-utilitarista onde o que é priorizado é a diversão, mais do que a pressa ou os fins de quem se desloca em seu carro.

(Embora eu veja isso sem muito romantismo, já que o carnaval mesmo há muito já está virando uma coisa meio utilitarista, que é bom porque emprega, porque movimenta a economia, porque faz bombar os lucros de empresas variadas e dá a alguns uma sensação de transgredir que é totalmente cooptada).

Enfim... Apesar de tudo, é uma força tensionadora - via hedonismo - que pode bem ser revertida em celebração sincera, carnavalização de um espaço urbano normalmente tão cinza. E pode parecer ingênuo, mas acredito que em Recife, particularmente, alguns traços de alegria desinteressada ainda subsistem em meio à teatralidade política e mercadológica que reina quase absoluta.

... Mas onde estávamos? Ah, no ônibus, com Mari, falando em alto e bom som sobre assuntos bem pessoais. Só que isso não vem ao caso, e como hoje eu descambei de vez pro estilo “meu diário” e resolvi adotar a escrita livre pra registrar impressões, vou esculhambar de vez e fazer uma versão fast foward do relato, já que estou sem tempo e sem saco.

O resto da noite foi: uns dois litros de coca consumidos (e muita lamentação por isso!); eu sendo abordado e parabenizado por algo de que realmente precisava de um retorno; a descoberta desconcertante de que pessoas ficam constrangidas com a minha presença; Eddie lembrando carnavais passados e mais uma vez prometendo ser parte importante da trilha sonora deste; e pra finalizar, um amigo de fora que estava desanimado com o carnaval, no fim de tudo, ensaiando passinhos de frevo com uma sombrinha. :p

Ah, já ia esquecendo: a maior concentração por metro quadrado que eu já vi em muito tempo de pessoas que olham pra você e fazem cara de... isso mesmo que vocês estão pensando. E eu me perguntando porque geralmente sou tão mal recebido por semi-conhecidos. Meu novo sonho: ficar me observando de longe pra ver o que eu faço que causa tamanha má impressão no povo em geral. Mas sempre resta o consolo de quem é detonado por muitos: o afeto de poucos – os que importam, afinal!

p.s. Os moradores da Torre estão indóceis: hoje é noite do bloco Só sai pingando que, acredito, dará a tradicional volta no Atacadão dos presentes. :p

2 comentários:

Beto Efrem disse...

Pois então. É para você deixar dessa frescura. Você não causa ruins impressões nem em barata de bompreço. Você é um doce, seu cocô.
E tenho dito.

Anônimo disse...

My love.......... deixa de ser leso!
oa.. quanto tu chega em seu Malaka.. é o maior coro: Balão Balão !!!!

e digo mais.... pessoas que fazem essa cara de cu.. é fomeeee ou será sede?

xero pa tu baby