Seriam os terroristas xiitas islâmicos verdadeiros artistas, e o atentado de 11 de setembro uma grande obra de arte?
Estava casualmente vendo o site do Diário de Pernambuco e me deparei com uma reportagem, “Uma crítica à crítica contemporânea”, a respeito de uma palestra que ocorreu na Fundação Joaquim Nabuco, essa semana, com a pesquisadora Heloísa Buarque de Hollanda, especializada em estudos culturais e literatura. É uma pena que não tenha tomado conhecimento dessa palestra antes, mas por meio desta matéria foi possível perceber o teor da discussão, sempre muito pertinente, a respeito da arte produzida hoje e da condição dos artistas e da crítica na atualidade. Bom, melhor não emitir nenhuma opinião, porque não acho que a partir das poucas declarações transcritas pelo jornal possa conhecer plenamente as idéias desta pesquisadora, mas fiquei no mínimo intrigado. Discordo de algumas dessas idéias veementemente... Já ouvi argumentos semelhantes e acho até um pouco ridículo e banal tal enfoque a respeito da arte. Mas há também um ponto de vista muito interessante sobre o ineditismo de cada momento artístico, inclusive deste momento da arte contemporânea, que dificilmente poderá ser comparado a qualquer outro, sem uma análise maior do contexto histórico em que nos encontramos.
Só dois pequenos trechos, pra polemizar:
“Citando o teórico inglês Fredric Jameson, ela ainda falou da crise da emoção hermenêutica, que teria muita relação com o papel do crítico: ‘Antes a gente tinha aquele prazer de perceber que entendeu uma obra de arte. Mas hoje esse sábio perde a importância’.”
...
“Heloísa comparou os ataques de 11 de setembro a uma instalação, ‘um espetáculo de beleza absurda, sem deixar referências para leituras imediatas, sem autor definido’, mostrando que as reações diante do atentado são semelhantes à condição do crítico hoje, que estaria num ‘grau zero’.”
Estava casualmente vendo o site do Diário de Pernambuco e me deparei com uma reportagem, “Uma crítica à crítica contemporânea”, a respeito de uma palestra que ocorreu na Fundação Joaquim Nabuco, essa semana, com a pesquisadora Heloísa Buarque de Hollanda, especializada em estudos culturais e literatura. É uma pena que não tenha tomado conhecimento dessa palestra antes, mas por meio desta matéria foi possível perceber o teor da discussão, sempre muito pertinente, a respeito da arte produzida hoje e da condição dos artistas e da crítica na atualidade. Bom, melhor não emitir nenhuma opinião, porque não acho que a partir das poucas declarações transcritas pelo jornal possa conhecer plenamente as idéias desta pesquisadora, mas fiquei no mínimo intrigado. Discordo de algumas dessas idéias veementemente... Já ouvi argumentos semelhantes e acho até um pouco ridículo e banal tal enfoque a respeito da arte. Mas há também um ponto de vista muito interessante sobre o ineditismo de cada momento artístico, inclusive deste momento da arte contemporânea, que dificilmente poderá ser comparado a qualquer outro, sem uma análise maior do contexto histórico em que nos encontramos.
Só dois pequenos trechos, pra polemizar:
“Citando o teórico inglês Fredric Jameson, ela ainda falou da crise da emoção hermenêutica, que teria muita relação com o papel do crítico: ‘Antes a gente tinha aquele prazer de perceber que entendeu uma obra de arte. Mas hoje esse sábio perde a importância’.”
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“Heloísa comparou os ataques de 11 de setembro a uma instalação, ‘um espetáculo de beleza absurda, sem deixar referências para leituras imediatas, sem autor definido’, mostrando que as reações diante do atentado são semelhantes à condição do crítico hoje, que estaria num ‘grau zero’.”
Diário de Pernambuco, 02 de setembro de 2004, Caderno Viver
Será que os meus amigos artistas – músicos, poetas, fotógrafos - caso se interessem pela leitura e pela discussão, podem emitir uma opinião, depois, pessoalmente? :p Quero ouvir opinião de pessoas com mais propriedade no assunto... Só digo que eu como admirador leigo, que sou, da arte, acho certas idéias uma grande bobagem.
Será que os meus amigos artistas – músicos, poetas, fotógrafos - caso se interessem pela leitura e pela discussão, podem emitir uma opinião, depois, pessoalmente? :p Quero ouvir opinião de pessoas com mais propriedade no assunto... Só digo que eu como admirador leigo, que sou, da arte, acho certas idéias uma grande bobagem.
P.S. Ah... Pra mim, isso só vem confirmar que eu estava certo quando tava tirando onda naquela época, em Carneiros, dizendo que hoje em dia é fácil demais ser artista. Aliás, tô até pensando em retomar aquela antiga idéia de fazer a minha instalação com garrafas de carreteiro. Alguém me ajuda a colher o material? :p
2 comentários:
Fábio, adorei sua idéia da instalação com garrafas de Carreteiro :P eu não sou muito chegada em bebida, mas tenho certeza que guga teria a maior honra em te ajudar na coleta :D hauhauahua
Sim, sobre o trecho da matéria que você publicou, achei a discussão interessantíssima. Não que eu concorde com o que foi dito, mas como você falou, o debate é instigante. :P Coincidentemente, eu estava pensando em fazer um post com um assunto que de certa forma tem um pouco haver com isso, vou procurar ler essa matéria e então emitirei minha opinião no blog =D
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Ah, Patsy... é uma pena que vc nao possa colaborar com essa "grande obra-de-arte"... hauahuahauhaa. Mas acho q haverá muitos voluntarios. :p
Quanto ao post falando sobre o assunto, vou esperar. Seus posts sao sempre tao interessantes!!
Bjao.
Fabio
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