Um post honesto
Vou passar uns dias sem escrever aqui, pois tenho notado que os últimos posts não foram lá muito inspirados, e depois de aprender que não é bom censurar idéias e palavras quando se tem vontade de escreve-las, nem evitar publicá-las por receio de ser mal-interpretado ou por vergonha do que está sendo dito, é hora de aprender outra lição: naturalidade e controle de qualidade são coisas distintas... Não se deve confundir a liberdade de expressão com a banalização de sentimentos tão íntimos. Não é o caso, portanto, de sair escrevendo tudo que vem à cabeça, sem maiores precauções.
Os próximos dias deveriam ser carregados, pois tenho muitos trabalhos a fazer na faculdade, atividades no estágio e o desafio de retomar os estudos para o Vestibular. Além disso, meu punho dói, e já passo tempo o suficiente no computador enquanto estou no estágio ou cumprindo minhas obrigações acadêmicas. Além disso, não tenho dinheiro pra tratar tendinite, então é melhor me aquietar um pouco. Mas digo que deveriam ser carregados porque, se bem reconheço minha atual motivação, duvido muito que irei caprichar nos meus penúltimos trabalhos acadêmicos do curso de Administração. Definitivamente esse curso já deve ter me dado tudo que tinha a dar...
Sábado à noite, num desses momentos doidos de sensibilidade súbita embora não inconveniente, peguei-me no meio da Usina, depois de um dos grandes shows d’A Roda que já vi (contrariando, pois, a descontração de minutos antes), pensando no monte de coisas que tenho vontade de fazer... Momento efêmero, mas bonito, principalmente por ser só meu (e aí não há nada de egoísmo, entenda-se) em que reafirmei valores e planos que são anteriores a qualquer circunstância social, a qualquer influência mais direta de terceiros... Coisas que quero aprender, conhecer, incorporar à minha vida, somar... Talvez meus desejos mais honestos. E é bom, afinal, renovar um certo respeito por nós mesmos, uma certa reconciliação desmedida com individualidades, uma reviravolta naquele impulso constante de forçar uma realidade que só poderia mesmo concretizar-se de forma imposta. Sei lá o que me trarão os outros, que tipo de sentimento e atitudes para comigo...
Os próximos dias bem que poderiam ser consagrados ao ordenamento de determinadas idéias ainda bastante desarranjadas, à superação de algumas constatações melancólicas, ao encontro de uma almejada tranqüilidade... Mas o alcance de tais objetivos nunca é garantido... O que posso, então, é consagrar estes dias a um pouco mais de leitura, a um pouco mais de descanso e, acima de tudo, ao enfrentamento de certas questões bastante pertinentes... E com isso, apenas tento ser honesto (mais uma vez uso essa palavra) comigo mesmo, pra poder depois retomar meus textos verborrágicos, pra continuar sorrindo de forma sincera como sempre busquei fazer... E não, não é necessário que ninguém “busque me resgatar das profundezas da minha mente perturbada”... Estou bem, creio! :p
Essa semana será de bastante Buena Vista Social Club (efeitos da calourada e, principalmente, do cineclube, ainda) e de leituras diversas, espero... No fim de semana já devo estar de volta. Até lá estarei – espero - um pouco mais em off.
Ah, mas só pra não perder o hábito, vou postá-lo, deixa-lo falar por mim:
“Era como se ele, apenas ele, excedendo a si mesmo, num movimento brusco saltasse fora da engrenagem e, desgovernado, pudesse ver de longe o mundo pacífico e feliz de que não sabia participar.” O encontro marcado, Fernando Sabino
terça-feira, setembro 14, 2004
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2 comentários:
Fabito.... nao pare e escrever não.. eu adoroooooo teu blogger! eu não sei viver sem ele!! ohh meninooooo é só tu colocar legenda que todo mundo entende! ehehhehehehe
beijaooo e se cuida!
Gostei:"Coisas que quero aprender, conhecer,incorporar à minha vida, somar.." característico numa pessoa sensata, que deseja valorizar-se. Também saliento: "..É bom renovar um certo respeito por nós mesmos..." É muito impotante sentirmos respeito por nós próprios. Se não o sentirmos quem é que o vai sentir? A vaidade e o respeito são sentimentos que devemos nutrir por nós próprios porque são eles que nos fazem caminhar em direcção ao sucesso. Os meus parabéns. Vai em frente!
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