segunda-feira, agosto 24, 2009

"tenderness"

Revejo algumas fotos suas e nesse exercício eu procuro, mais que uma lembrança, um estímulo (ou desculpa) pra refazer certos planos. Como se, ao aparecer em retrospectiva, o que foi vivido então crescesse, ganhando diferentes proporções e abrindo novas leituras. É uma forma de imaginar sem muita possibilidade de ilusão, essa, e nem faz falta alguma verossimilhança; é suficiente e estimulante que seja tudo assim, mínimo. Nas lacunas é que vou depositando todo o sentido que mobilizo pra preencher o que faltou conhecer. Como, por exemplo, o seu apreço por uma palavra em especial. Não poderia ser mais óbvio, nem mais afim à imagem que eu lembro. E é esse dado que ajuda a prolongar uma presença que permanece como traço imaginado, ocupação gatuita; presença que permite intuir uma conexão difícil e vaga para a qual os padrões da realidade não chegam nunca a constituir, de fato, um critério.

2 comentários:

Mari disse...

por que será que eu gosto tanto de passar por aqui?!
já estava com saudades das palavras que tu te deixas escrever.

sabrina disse...

pois é, espero que se um dia a realidade virar de fato o grande critério que ela seja em outro idioma, cansei da realidade de em portugês. quero viajar!