La mujer sin cabeza, de Lucrecia Martel.
No dia anterior pudemos ver uma apresentação de jazz na Casa de la Cultura: Alejandro Manzoni Trío. Aos poucos vou me encaixando nesses circuitos, onde posso conhecer melhor as coisas daqui e ao mesmo tempo suprir a vontade de participar desse tipo de atividades que costumo frequentar em Recife.
Por falar em hábitos recifenses, no sábado à noite conseguimos pela primeira vez fechar um bar. Depois que todas as mesas haviam sido devidamente recolhidas, o dono do La Resistencia veio fazer a pergunta que, longe de nos constranger, deixou-nos radiantes. Perguntou se queríamos copos de plástico para colocar nossas cervejas, e nesse momento percebemos que a noite finalmente acabava antes da nossa energia. Para lograr tal êxito, foi preciso conhecer os modos da cidade e adaptar-se a ela. Vimos séries na televisão, dormimos um pouco, tomamos banho, trocamos de roupa e saímos por volta das duas da manhã, que afinal, descobrimos, é quando a noite começa a acontecer por aqui. Primeiro umas voltas pelas ruas próximas: Defensa, Plaza Dorrego, Bolívar, Estados Unidos. Depois a escolha: Guebara, na rua Humberto Primo, até agora a maior preciosidade que encontramos. (Tem sido assim: toda semana conhecemos o nosso bar predileto. Primeiro foi o Puerta Roja, sugestão de Bel; depois o La Resistencia, na Defensa; agora o Guebara. Semana que vem provavelmente encontraremos outro lugar e teremos a certeza de que ele será aquele para o qual voltaremos todos os fins de semana).
Se ainda não disse, digo agora: finalmente encontramos um apartamento. Muito bem localizado na Av. Independencia, entre a Defensa e a Paseo Colón. Apenas um pouco acima do orçamento e sem a cobrança infame da comissão imobiliária, este nos pareceu viável. Mudamos no dia seguinte e aqui estamos, bem mais pobres e felizes, podendo dormir à vontade e ler com um pouco de paz. Enfim, algo assim como uma casa. Até já recebemos visitas. Com esse upgrade na nossa temporada argentina, estamos conseguindo aos poucos estabelecer uma rotina incipiente: cozinhamos, fumamos, bebemos vinho e ainda arranjamos tempo para ficar estarrecidos com os detalhes bizarros de parte da programação local. Outro dia um programa patrocinado por uma casa de eventos transmitia uma festa de quinze anos que era de uma cafonice sem igual nesse mundo. As novelas brasileiras também marcam presença: Lazos de familia e El rey del ganado. Dubladas em espanhol, por suspuesto.
Os sons daqui vão chegando aos poucos: ontem ouvi uma música no supermercado e já descobri os nomes da banda e da música (só falta conseguir baixar). Fora isso, ir a uma apresentação da Pequeña Orquesta Reincidentes está entre as atividades impossíveis que eu gostaria de realizar antes de ir embora (e que parece tão improvável quanto o privilégio de ver alguma conferência de Beatriz Sarlo, que nem sei se continua participando de conferências ou mesmo se ainda mora por aqui). Por enquanto me resigno à trilha sonora inusitada que tem marcado essa viagem. Músicas tão incidentais quanto Build, do Housemartins (aquela maravilhosa de motel, bem anos 80); The tide is high, do Blondie; e ainda os Beatles, que nos pegaram de jeito depois da terceira cerveja de um litro consumida na noite, pouco antes de sermos expulsos do La resistencia. Oportunidade para se admirar: "caramba, eu tinha me esquecido de como eu gosto dos Beatles..." É isso: fala-se tanto em tango, milonga, e a gente termina assim, strawberry fields forever.
Por falar em hábitos recifenses, no sábado à noite conseguimos pela primeira vez fechar um bar. Depois que todas as mesas haviam sido devidamente recolhidas, o dono do La Resistencia veio fazer a pergunta que, longe de nos constranger, deixou-nos radiantes. Perguntou se queríamos copos de plástico para colocar nossas cervejas, e nesse momento percebemos que a noite finalmente acabava antes da nossa energia. Para lograr tal êxito, foi preciso conhecer os modos da cidade e adaptar-se a ela. Vimos séries na televisão, dormimos um pouco, tomamos banho, trocamos de roupa e saímos por volta das duas da manhã, que afinal, descobrimos, é quando a noite começa a acontecer por aqui. Primeiro umas voltas pelas ruas próximas: Defensa, Plaza Dorrego, Bolívar, Estados Unidos. Depois a escolha: Guebara, na rua Humberto Primo, até agora a maior preciosidade que encontramos. (Tem sido assim: toda semana conhecemos o nosso bar predileto. Primeiro foi o Puerta Roja, sugestão de Bel; depois o La Resistencia, na Defensa; agora o Guebara. Semana que vem provavelmente encontraremos outro lugar e teremos a certeza de que ele será aquele para o qual voltaremos todos os fins de semana).
Se ainda não disse, digo agora: finalmente encontramos um apartamento. Muito bem localizado na Av. Independencia, entre a Defensa e a Paseo Colón. Apenas um pouco acima do orçamento e sem a cobrança infame da comissão imobiliária, este nos pareceu viável. Mudamos no dia seguinte e aqui estamos, bem mais pobres e felizes, podendo dormir à vontade e ler com um pouco de paz. Enfim, algo assim como uma casa. Até já recebemos visitas. Com esse upgrade na nossa temporada argentina, estamos conseguindo aos poucos estabelecer uma rotina incipiente: cozinhamos, fumamos, bebemos vinho e ainda arranjamos tempo para ficar estarrecidos com os detalhes bizarros de parte da programação local. Outro dia um programa patrocinado por uma casa de eventos transmitia uma festa de quinze anos que era de uma cafonice sem igual nesse mundo. As novelas brasileiras também marcam presença: Lazos de familia e El rey del ganado. Dubladas em espanhol, por suspuesto.
Os sons daqui vão chegando aos poucos: ontem ouvi uma música no supermercado e já descobri os nomes da banda e da música (só falta conseguir baixar). Fora isso, ir a uma apresentação da Pequeña Orquesta Reincidentes está entre as atividades impossíveis que eu gostaria de realizar antes de ir embora (e que parece tão improvável quanto o privilégio de ver alguma conferência de Beatriz Sarlo, que nem sei se continua participando de conferências ou mesmo se ainda mora por aqui). Por enquanto me resigno à trilha sonora inusitada que tem marcado essa viagem. Músicas tão incidentais quanto Build, do Housemartins (aquela maravilhosa de motel, bem anos 80); The tide is high, do Blondie; e ainda os Beatles, que nos pegaram de jeito depois da terceira cerveja de um litro consumida na noite, pouco antes de sermos expulsos do La resistencia. Oportunidade para se admirar: "caramba, eu tinha me esquecido de como eu gosto dos Beatles..." É isso: fala-se tanto em tango, milonga, e a gente termina assim, strawberry fields forever.
4 comentários:
my love
eh taoo bom ter nosso cantinho neh?! hum.. jah ta recebendo visitas... uiuiuiii humm e sua rotina ehh otimaaaaa.. imagino que a alimentacao esteja bemmm balanceada!! hsaushaus
ei, encontrou o garagem dai?!
xerooo
Música.... aventura....
ai ai
saudades!
Natha
Fábio, guebara virou realmente nosso bar semanal!!! Tava lendo esse post, meses depois, e lembrei como conseguimos nossa tão sonhada familiaridade com algo em Buenos Aires. Guebara! Guebara! Guebara!
ôxe, e tu aprova comentário. é foda, né?
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