quarta-feira, março 04, 2009

os primeiros percursos

Parece que já faz um mês que estou por aqui. O choque inicial foi enorme: quando cheguei no lugar onde havíamos feito reservas para os primeiros quatro dias na cidade - um hostel que fica na Calle Viamonte, pertinho do obelisco da 9 de Julio - tive vontade de sair correndo. Um lugar claustrofóbico e sem o menor charme. Desde então, Sabrina e eu já começamos a desenvolver aquela que tem sido uma estratégia essencial para a nossa viagem: beber à noite para aliviar o peso e o cansaço, processar as informaçoes e experiências vividas ao longo do dia. Na primeira noite, três quilmes fizeram o mundo parecer lindo e nos colocou falando da vida, da viagem, de tudo.

Acho que até agora não tivemos um minuto sequer de turistagem despreocupada. Milhoes de coisas para resolver que, somadas à nossa ansiedade e à preocupacão de ter que encontrar solucoes para economizar o dinheiro escasso tem nos levado a andar feito loucos pela cidade. Andamos muito, mas MUITO mesmo. A dinâmica é mais ou menos essa: passamos o dia percorrendo a cidade, depois bebemos um vinho e quando chegamos em casa detonados, fazemos um macarrão e depois desabamos na cama (quer dizer, eu desabo, porque Sabrina tem tido a insônia de sempre). Uma coisa é certa: voltarei para Recife com corpinho de maratonista queniano.

Bom, claro que conhecemos algumas coisas: fomos ao Caminito em La boca e planejamos voltar em breve, com mais calma. É um lugar absurdamente colorido, adorável e cheio de souvenirs que eu quis comprar aos montes, mas me controlei - adiar a compra é uma regra básica pra fazer o dinheiro render e evitar gastos desnecessários. Andamos também pela Recoleta, mas não tivemos paciência para ver o cemitério, apenas uma passada rápida. Nas nossas andanças chegamos também, quase por acaso, à Plaza de Mayo, vimos a Casa Rosada. Ok, esse foi o momento turistagem, mas tudo permeado pela pressa de ter que tomar as primeiras e urgentes providências.

Ah, no sábado à noite fomos para o que já sabíamos, desde o início, seria uma roubada, mas topamos porque somos pessoas destemidas e não recusamos nada que seja de graça. Ganhamos do hostel do centro, assim que fizemos o check in, duas entradas para uma boate em Palermo. Dito de forma simples, parecia a coisa mais medonha do mundo: um monte de boyzinho e boyzinha dançando músicas que fizeram a Quinta Black do Downtown chorar de inveja. Era só Beyoncé, Usher... Ainda assim nos divertimos, dançamos um pouco e falamos mal de todo mundo que víamos, inclusive com apelidos. Uma moçoila eu apelidei de menina de ouro - nao lembro bem o motivo, talvez porque me lembrou Hilary Swank e também porque, como dançarina, ela é uma ótima boxeadora. Palermo no entanto pareceu um bairro que merece ser desvendado, voltaremos lá em breve.

Depois dos primeiros dias que giraram em torno da hospedagem traumática e do medo de nos tornarmos homeless, finalmente viemos para o bairro que, já percebemos, será o nosso território aqui em Buenos Aires. San Telmo, o lugar onde as ruas são lindas, as pessoas interessantes, a comida bem mais barata e saborosa do que no centro e, por fim, os bares mais a nossa cara. No entanto, viemos para outro hostel, porque alugar um apartamento está sendo um martírio. Começo mesmo a achar impossível se não acharmos com quem dividir, ao menos pelo preço que podemos pagar. Mas isso é assunto para um outro post.

6 comentários:

Lavinia disse...

my lovee
uiuiuii
tente se alimentar bem viu?! pra nao ficar doente!
uiuiuiui
maratonista!

xero
e oa, comeco eh foda mesmo! mas vcs vao achar um ap! e olhem muitos muitos aps antes de fecharem , viu?!

Prysthon disse...

é, sweetie, coma direitinho!
vocês têm que ir pruma cantina ultra tradicional e bem baratinha:
a pippo, na montevideo, perto de corrientes.
não deixem de comer facturas de doce de leite.
e pense bem naquela história dos concursos (devem acontecer entre abril e maio, ou até depois)!

Unknown disse...

ballut!!!!
não vá sumir...
eu só queria ver a sua cara na balada patricinha
hahahahahah

Anônimo disse...

Cuidado pra voce não se transformar em Walrus, isso é muito comum acontecer com brasileiros em Buenos Aires.
...Goo goo g'joob!

Iara Galvão disse...

Balunzinho,
cuidado com a alimentação,não dá pra ficar doente aí não viu!!!
Saúde e sorte!!!
Beijo pra vocês dois!!!

Anônimo disse...

Fabio... coma! ao menos tente!
huauhauahaua
Ô vai dar tudo certo! Mas tentem comer melhor! beijo.