Algum dia eu conto aqui a história de um indivíduo que encontrou o seu Outro – não o seu complemento, um correspondente harmônico, mas um Outro cruel, espécie de espelho invertido mostrando-lhe tudo que ele não poderia ter ou ser. Um Outro polimorfo, sem rosto definido, pulverizado, fragmentado, líquido, fugidio, mostrando-se em pequenos detalhes e grandes recorrências. Um Outro absurdamente falso e estereotipado que é capaz, no entanto, de causar as angústias mais verdadeiras, apenas pela menção de sua possível existência.
Um dia eu conto essa história. É, sem dúvida, uma história apaixonada: permeada de ressentimento, negação e esperas frustradas, mas também cheia de uma irrefreável tentação.
2 comentários:
E tem "teaser" aqui agora, é?
"Coming soon"!
hauhauhahuaa. sem comentários, felipe!
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