Eu tinha escrito hoje, logo cedo, um texto gigantesco, cheio de considerações, entendimentos e espantos a respeito da idéia de estudar a forma como uma determinada comunidade de pessoas, por meio das suas formas de comunicação e dos seus discursos, representa sua idéia de historicidade – a idéia de como elas se vêem na construção de sua história individual e também na construção da história coletiva da qual todos fazemos parte. E nesse texto eu falava também de como isso me levou a pensar, antes de tudo, sobre o meu próprio sentido de historicidade – de como eu próprio me vejo nessa loucura toda chamada tempo, que envolve um futuro que é feito, construído, e pelo qual somos todos responsáveis. Algo como se o distanciamento besta de querer estudar os outros me levasse a finalmente querer perguntar sobre mim mesmo, e me conhecer um pouco melhor.
Foi muita coisa, o que eu escrevi. Mas... Bem, é de tarde, agora, e eu depois de quase uma semana me dei o direito de fumar um cigarro e olhar a janela ouvindo Belchior, sentindo o tempo carregado de promessa de chuva, que eu tanto gosto, pensando em tudo e em nada e no que vem em seguida – no que preciso fazer do minuto seguinte. E me ocorreu então que esse é o meu sentido de historicidade.
E sim, os sinais ainda parecem todos fechados pra nós, que somos jovens.
sábado, abril 08, 2006
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4 comentários:
Nada como olhar pela janela!
Cheiro.
e ouvir belchior... :P
natha, tu ja desconfiasse tb que so tu, alem de mim, ainda vem aqui? hauhauhauaahaua.
bjão.
lembrei disso, ó :"Desconfia dos que não fumam: esses não têm vida interior, não têm sentimentos. O cigarro é uma maneira disfarçada de suspirar..."
Ai balão, me deu uma preguiça tão grande d etrabalho só de olhar essa tua história...
=*
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