"Across the morning sky,
all the birds are leaving,
Ah, how can they know it's time for them to go?
Before the winter fire,
We'll still be dreaming.
I do not count the time.
Who knows where the time goes?
Who knows where the time...
goes..."
...E quando eu voltar da rua, deixem a luz acesa pra que eu não me perca. O velho tapete no chão, pra tirar a poeira, e a porta destrancada, se possível. Só não me esperem acordado. Não me sinto mais "solto no mundo largo" nem "semeando o vento na minha cidade", mas ainda estou ganhando as ruas, embora estas pareçam, no momento, bem menos interessantes e acolhedoras. Mas deixem, sim, a luz acesa, para que persista aquele sentimento de que há um lugar aconchegante para onde eu possa voltar e onde eu caminhe com desenvoltura. E acima de tudo: não fiquem para trás. Todos nós já temos tão pouco... Tenhamos uns aos outros, na certeza de uma velada cumplicidade. E sigamos sem contar o tempo, pois é mais reconfortante crer que tudo segue uma ordem natural: a ordem dos pássaros, das águas, das rugas, das lágrimas e do ventre.
quinta-feira, janeiro 06, 2005
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Um comentário:
"crer que tudo segue uma ordem natural: a ordem dos pássaros, das águas, das rugas, das lágrimas e do ventre."
Duacaraí, isso é fantástico,! Você me permite elaborar um poema com esse mote?
Saudações
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